As experiências sensoriais da arte podem se
entrelaçar a qualquer momento com os instantâneos de nosso
cotidiano. Como podemos relacionar as artes visuais com as
experiências do cotidiano? Quais são os elementos marcantes nas artes visuais
que podem ser percebidas nos eventos diários ou na
história?
Através da série de artigos ARTE + COTIDIANO propomos um exercício de percepção, de sensibilidade... de arte! Estimular o pensamento por conceito. Trabalhar a mente para fazer analogias. Ampliar sua criatividade. Em tudo enxergar a arte!A seguir, o Número 3 !
Através da série de artigos ARTE + COTIDIANO propomos um exercício de percepção, de sensibilidade... de arte! Estimular o pensamento por conceito. Trabalhar a mente para fazer analogias. Ampliar sua criatividade. Em tudo enxergar a arte!A seguir, o Número 3 !
Quem está naquela cabine?
Entre
os diversos trabalhos do artista francês Ernest Pignon-Ernest está a série Les cabines. Nesta série o artista faz
intervenções em mais de 400 cabines telefônicas. Nas paredes transparentes das
cabines são fixados adesivos de desenhos produzidos em tamanho real; são desenhos
de pessoas anônimas vistas no cotidiano de qualquer cidade. Com a luz do dia,
as imagens se mesclam entre a paisagem e as pessoas que por ali passam. O
efeito visual pretendido pelo artista acontece à noite, quando a arquitetura e
os transeuntes são escondidos pela escuridão, e a luz das cabines ilumina e
destaca os personagens de Ernest Pignon-Ernest.
Cabine 1,
da série Les cabines, 1997 Cabine 2,
da série Les Cabines, 1997.
“Meu
trabalho é capturar um pedaço do real (tempo e espaço) no qual eu insiro um
elemento de ficção. Na maioria das vezes, é uma imagem que irá trabalhar o real
tanto plasticamente (tornando o local um espaço estético), como no seu
simbolismo e na sua memória (revelando, revivendo, exacerbando, provocando seu
potencial sugestivo...)."
Uma cabine telefônica é um local contraditório, onde um indivíduo entra para se isolar do exterior, ao mesmo tempo em que deseja se comunicar com alguém que está lá fora; na cabine de paredes transparentes o indivíduo está protegido, mas completamente exposto. Os seres colocados pelo artista nas cabines evidenciam essa situação ambígua, pois apresentam algumas das contradições da vida contemporânea: estão simultaneamente em situação de abrigo e desconforto, proteção e confinamento, isolamento e exposição, sono e insônia.
Você já se sentiu assim? Então a arte de Ernest Pignon-Ernest também fala com você!
Uma cabine telefônica é um local contraditório, onde um indivíduo entra para se isolar do exterior, ao mesmo tempo em que deseja se comunicar com alguém que está lá fora; na cabine de paredes transparentes o indivíduo está protegido, mas completamente exposto. Os seres colocados pelo artista nas cabines evidenciam essa situação ambígua, pois apresentam algumas das contradições da vida contemporânea: estão simultaneamente em situação de abrigo e desconforto, proteção e confinamento, isolamento e exposição, sono e insônia.
Você já se sentiu assim? Então a arte de Ernest Pignon-Ernest também fala com você!
Referência:
PIGNON-ERNEST,Ernest.Paroles d'artistes. In: Art absolument, nº17, 2006.
PIGNON-ERNEST,Ernest.Paroles d'artistes. In: Art absolument, nº17, 2006.
www.pignon-ernest.com
Por:
Profa. Ms. Aletea Hoffmeister
Mattes
Coordenadora do Centro de Artes e
Design
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