Professoras Aletea e Pilar, na entrada da mostra
CASA NOVA 2011
Elementos a observar para relacionar com as aulas ministradas no curso de DECORAÇÃO DE INTERIORES (presencial ou à distância)
Nesta semana passada eu (professora Pilar) e a professor Aletea Mattes fomos visitar a mostra Casa Nova 2011, e ficamos contentes com vários ambientes mais ousados, que ofereciam algumas experiências visuais interessantes para estudo.
É claro que, dentro do possível, vocês devem observar tudo o que puderem. Mas alguns pontos chamam a atenção, e eu os relaciono abaixo para vocês também observarem com olhar mais crítico. Estudem os conteúdos da apostila antes de ir.
- TETO – esta tendência contemporânea (ou seja, do presente momento!) em trabalhar o teto liso com, no máximo, alguns rebaixos em formas geométricas puras (retângulos, quadrados ou círculos) ou com “rasgos” para passagem de luz.
- TEXTURAS – continuam sendo muito exploradas como meio de trazer “informação” ao ambiente mais minimalista.
- PAREDES BEM TRABALHADAS – os profissionais procuraram trabalhar bastante as paredes com materiais diferenciados, texturas, luz, papel de parede. Quando eu passava por um ambiente sem as paredes trabalhadas (quando estavam só pintados de cor neutra), eu estranhava. Veja como nós acostumamos o nosso ollhar!
- PROPORÇÃO – em alguns ambientes ficou clara a intenção do profissional em fazer contraste de proporção entre alguns elementos, principalmente “brincando” com o contraste do tamanho das luminárias ou abajures em relação ao móvel com o qual se relacionava.
- ILUMINAÇÃO – como sempre, muito explorada. Tentem classificar os 3 sistemas de iluminação nos ambientes: geral, destaque e decorativa. Tentem classificar as lâmpadas nas 4 famílias: incandescentes (incluindo então as comuns e as halógenas), fluorescentes (tubulares e compactas), LED (só observei LED nas fitas decorativas), e de descarga.
- CONTRASTES – procurem tirar suas próprias conclusões sobre os contrastes criados: entre tecidos, entre texturas, entre linhas, entre formas, etc, buscando perceber se o referido contraste “respeitou” o direito dos elementos serem percebidos sem excesso de conflito visual, ou seja, se puderam ser observados valorizando sua beleza particular.
- MATERIAIS – neste ano não houve muitas novidades de materiais. Mas procurem reconhecer os materiais, perguntar aos recepcionistas sobre os mesmos. Isso tudo é criar “repertório visual”, e precisa acontecer de forma consciente para ser eficaz.
- TAPETES – observem a colocação em relação à: proporção com o ambiente e o conjunto ao qual se relacionam, se estão à frente do conjunto de estofados ou debaixo deles (veja qual solução parece ergonomicamente melhor, e qual lhe agrada mais esteticamente), se o tapete estabelecia “unidade visual” ou não com o ambiente pela cor ou pelo material ou pelo estilo.
- ESTILOS – procurem reconhecer os estilos, pelo menos dentro dos 3 grandes grupos, sendo no grupo dos específicos a presença pontual do rústico.
- P.B.P.E. – procurem associar os materiais e finalmente o AMBIENTE COMO UM TODO com os Parâmetros Básicos de Preferência Estética (PBPE). Vejam como esta classificação estética complementa a informação estilística.
- EQUILÍBRIOS – procurem ver como os ambientes optaram por um tipo de equilíbrio (simétrico, assimétrico, ótico). Escolha um ponto de vista e avalie. Mude o ponto de vista e avalie novamente. Há um ambiente muito bom para esta análise: “Music Room” , dos designers Moacir Schmitt e Salvio Moraes. Veja como eles conseguiram tornar o ambiente compreensível e agradável, apesar de ter muita informação. Isto se explica pela simetria que buscaram nas 2 paredes opostas entre si, onde há estantes com formas bem dinâmicas.
- OBJETOS – veja como foram distribuídos objetos sobre as mesas e estantes. Faça sua própria crítica dentro do que estudamos. Ao encontrar uma distribuição que lhe agrade muito, tente descobrir por que, dentro do que foi estudado.
Por fim, quando não gostarem de algo, procurem uma explicação mais racional para isto: se é unicamente por seu gosto pessoal, ou porque o visual não tem uma mensagem clara.
Abraços, Pilar
